Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

100 coisas a fazer antes de chegar aos 100 anos!

Uma fusão de bucket list a atirar para o futuro com um grupo de memórias desgarradas do passado e um polvilhado aleatório de acontecimento do dia a dia.

100 coisas a fazer antes de chegar aos 100 anos!

Uma fusão de bucket list a atirar para o futuro com um grupo de memórias desgarradas do passado e um polvilhado aleatório de acontecimento do dia a dia.

O meu pé de abano e alguns esclarecimentos sobre a minha lista de 100 coisas a fazer

João Eating the World!, 03.12.24

Hoje voltei à fisioterapia. E que saudades que eu tinha de receber choques no pé e massagens que me fazem ficar com a cara mais vermelha que polpa de tomate enquanto mordo a língua para não soltar uma data de palavrões. Confesso que é um bocado frustrante ter estado a recuperar tão bem da primeira cirurgia - que "apenas" me deixou o dedão do pé esquerdo completamente sem sensibilidade - para regredir e piorar com esta segunda. Agora além do dedão, todo o resto do meu pé esquerdo está dormente, como se tivesse ficado sentado na sanita durante demasiado tempo e o meu cérebro se tivesse esquecido da sua existência (do pé, não da sanita). Isto significa que andar se tornou muito mais complicado, parecendo que estou a marchar à frente do Palácio de Buckingham tal é a forma como levanto a perna e a força com que bato com o pé no chão. Calçar sapatos tornou-se também um procedimento ligeiramente mais difícil e usar chinelos está fora de questão, porque a cada passo e meio o esquerdo fica para trás. A fisiatra que me fez a reavaliação pediu que eu comprasse um produto de ortopedia todo xpto para o meu pé de abano que mais me pareceu um instrumento de tortura (tanto para o meu pé como para a minha carteira sejamos honestos) e que eu passasse a dormir de forma a que o meu pé ficasse num ângulo de 90 graus. Conclusão, vou ter de dormir com os pés para a cabeceira encostados à parede, algo que certamente irei conseguir fazer durante minuto e meio até começar a ressonar e perder toda e qualquer noção de posição corporal.

Poderão estar vocês a perguntar-se: mas que raio isto tem a ver com a lista de 100 coisas a que me propus fazer?

Na verdade não tem nada a ver, mas o bom de ter um blog é este, que uma pessoa pode escrever sobre o que lhe der na telha, assim numa ótica de "deitar cá para fora". E misturar temas. E escrever sobre coisas sérias ou sobre coisas seriamente triviais. E confundir os leitores que vão achar que andámos a mastigar cogumelos mágicos ou coisa parecida.

Mas voltando à lista das 100 coisas, é importante fazer alguns esclarecimentos sobre como os objetivos vão ser contabilizados para determinar o seu cumprimento.

Primeiro que tudo nem todos os objetivos começam do zero. Por exemplo, se o meu objetivo é visitar mais de 100 países, lamento mas vou ter de contar com aqueles que já visitei no passado, porque não ganhei o EuroMilhões nem fiz nenhuma parceria com a TAP. Agora se o objetivo for visitar 1001 restaurantes, não me faz muito sentido ir buscar todos aqueles a que fui desde os 5 anos de idade. Um ou outro mais marcantes ainda vá, mas o objetivo é fazer o máximo de coisas para o futuro, não viver para o passado.

Outra coisa importante é que não conto com visitas de passagem. Por exemplo, para o meu doutoramento tive de fazer uma saída de campo onde passei muito brevemente por algumas das 7 Aldeias Históricas de Portugal. Pois para mim não conta sair do carro, entrar na casa de uma pessoa que se situa numa das aldeias históricas, e considerar que está feito. Se seria mais fácil? Seria! Se tinha tanta piada? Nem por sombras.

Por fim, nesta altura da minha vida, recuso-me a ir a locais que sejam demasiado artificiais só para atingir um objetivo. Um exemplo concreto é o meu objetivo de estar perto de um manatim. Quando fui este ano ao México podia ter ido a um daqueles parques aquáticos que possuem todos os animais e mais alguns para os turistas irem tirar fotos e gritinhos de entusiasmo, e pimba, riscava esse objetivo da minha lista. Mas para mim é muito mais especial ir a uma excursão ou coisa que o valha e deparar-me com o bicho no seu estado selvagem, tal como quando fui quase morto por coatis também no México por causa de um pacote de batatas fritas.

WhatsApp Image 2024-12-04 at 00.11.40.jpeg

 

 

2 comentários

Comentar post